tag:blogger.com,1999:blog-13550001516573989642024-02-20T15:26:25.209-08:00Flores De Todos Os SaboresAs Flores da Vida, da Alegria, da Tristeza, da Paixão, do Amor e da Morte. Todas elas estão aqui.Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-44667424654461879442014-08-14T17:30:00.002-07:002014-08-14T17:34:07.925-07:00Anactesia<div style="background-color: white;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Atenta a esta embriaguez plástica</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Sei que não sou tola meu amor</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Sei que esse mundo é pura lástima</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Mas porque corrói-me a coragem pela dor?</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Se por um momento apenas, </span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Esta alma endócrina</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Pudesse se livrar de tanta perdição</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Ser pura, cristalina, leve como a mão</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">De uma poente virgem que em tudo se acredita</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">E exintguisse do mundo cada passo vacilante</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Cada interrogação.</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">E por esse epítome de vida, viva inteireza</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Que certos seres nada querem senão provar</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Um gosto dessa plenitude beleza</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Enquanto prófugos vagabundos vão</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Daqui desse poço torturante</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">O mortal caminha, furioso</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Ora consternado, ora questionando</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Ora vai sem se lembrar</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">E tem hora que até procura aceitar</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Que mal há, oh espírito convalescido?</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Que mal faria, se diante dessa tortura errante</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Pudesse ter o vislumbre da luz mais cálida</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">E que varresse da alma por instante</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Toda a tristeza, todo o mal</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Num aviso nobre e que emociona:</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Meu filho que em mim não crê</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Crê que aí resido, toma esse corpo</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Vive uma porção do que o paraíso te aguarda</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Tenha nesse agora um pouco da sua calma.</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Mesmo cruel, permitindo que após a vida continue</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Que continue menos denso de agonia</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Que a conclusão de toda esta bagunça venha</span><br />
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Ela existe, ela está, ela é minha.</span></div>
Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-30397470377673039822011-05-03T17:41:00.000-07:002011-05-03T17:47:02.158-07:00CrepúsculoAi, as minhas dores íntimas<div>Que enlouquecidas berram aqui dentro</div><div>Pois lá longe já anuncia o Astro</div><div>Que seu posto por hoje já está feito!</div><div><br /></div><div>E de tantas coisas perturbantes</div><div>Não há nada que seja tão constante</div><div>Que o anúncio do crepúsculo</div><div>Para o martírio dos malditos solitários!</div><div><br /></div><div>E este céu vermelho roxo e azulado</div><div>Cuja cor duvida as minhas seguranças</div><div>E prossegue nessa rubra e fria perdição</div><div>Como o ar seco que nos sobre na garganta.</div><div><br /></div><div>E vindo junto com a triste escuridão sombria</div><div>Um coral, um cântico, um murmúrio</div><div>De vozes ressonâncias do silêncio</div><div>De sofrer por um só o que ninguém sofria!</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-70672754652830734252011-03-24T08:16:00.000-07:002011-03-24T08:18:40.883-07:00Boca - 19/07/2007Desce o decote e o suor vivo do teu peito<div>A ânsia amarga cobre a língua do meu leito</div><div>Mechas vivas meneantes cambaleiam</div><div>Braços fortes como farinha esperneiam.</div><div><br /></div><div>Boca, vil e doce.</div><div>Diz palavras da inatingível distância</div><div>De mãos dadas subimos sete degraus</div><div>Descemos rolando três</div><div>E paramos no parapeito do apartamento.</div><div><br /></div><div>Bateu a porta</div><div>Entrei pela direita</div><div>Jogou-me suas bonecas de diversas facetas</div><div>Rodávamos felizes, palavras, caretas.</div><div>E a sua boca.</div><div><br /></div><div>Entreabertas linhas curvilíneas</div><div>Baba escorre pelas beiras</div><div>As carnes quentes laterais</div><div>Líquido aos conteúdos viscerais.</div><div><br /></div><div>Boca,</div><div>Dela que dá origem à vida</div><div>E daí então até à morte</div><div>Ter-te comigo é plena sorte</div><div><br /></div><div>Mechas vermelhas insanas</div><div>Rodelas pratas carinhosas</div><div>Cachos negros agressivos</div><div>Réguas louras abusivas.</div><div><br /></div><div>Da boca</div><div>O grito</div><div>O amor.</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-51917245224977812942011-03-24T08:14:00.000-07:002011-03-24T08:15:46.700-07:00Casa de Espelhos - 05/07/2007Desperta da erupção<div>Tuas mãos leves tocam meus ouvidos</div><div>Ardem ainda as marcas nas costas</div><div>Escorre-me a vida pelo lençol</div><div>Sorriso débil de encantamento</div><div><br /></div><div>Mas é um espanto!</div><div>Choro convulsiva desespero!</div><div>Apavorada por ingrata atitude</div><div>Pois trocou todo o amor que tenho</div><div>Por essa vil casa de espelhos.</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-52029868750075561842011-03-24T08:11:00.001-07:002011-03-24T08:13:59.826-07:00J'aime la Femme - 04/07/2007<b>E </b><i>s </i>cusa-me imenso amor, oh Lídia<div><b>D </b><i>e </i>sfaço da minha vida inteira</div><div><b>E </b><i>x </i>cessos de estupor, perfídia</div><div><b>M </b><i>o </i>mentos de mania trigueira.</div><div><br /></div><div><b>E </b><i>c </i>rustrada no canto do quarto</div><div><b>V </b><i>o </i>u remoendo as faces molhadas</div><div><b>A </b><i>m </i>adas vezes gestos amada</div><div><b>E</b> por vezes sempre apedrejada</div><div><br /></div><div><b>S </b><i>a </i>lvo teu amor pela certeza</div><div><b>A </b><i>m</i> enizada sempre beleza</div><div><b>F </b><i>o</i> me sentida pelo teu beijo</div><div><b>O </b><i>r</i> a de amiga, ora desejo.</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-48471918772961319692011-03-24T08:09:00.000-07:002011-03-24T08:10:55.863-07:00Minhas Noites de Amor - 04/07/2007Parto do egocentrismo esmero rutilante<div>Palavras sem sentido vulcões erupções</div><div>Artes geográficas parábolas diastráticas</div><div>Meninas solitárias vis acontecimentos</div><div>Espaços vazios erros tormentos</div><div><br /></div><div>Tudo o que eu quero é um beijo seu</div><div>Tua boca rósea de seda</div><div>Teus medos morais</div><div>Tuas vozes imortais</div><div>O amor à minha imagem e semelhança.</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-62297711243247195752011-03-24T08:08:00.000-07:002011-03-24T08:09:18.208-07:00Rosas Azuis - 16/03/2007Não tenho vergonha de regar minhas flores<div>Que antes negras e reprimidas</div><div>Sorriem em liberdade sem as pétalas da moral</div><div>Pois na moral meu sorriso se perde.</div><div>Quando do perfume de teu peito</div><div>Me vejo entre as brumas quentes do teu leito</div><div>E hoje carrego uma rosa em minha fronte</div><div>Sou um anjo que não distingue os anjos</div><div>Sou amante dos Anjos.<span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-27343152494151335762011-03-24T08:02:00.001-07:002011-03-24T08:07:54.710-07:00Amor Cristão - 29/03/2007Quando das costelas de Adão<div>Surgiu a mais perfeita de toda a criação</div><div>Tirou Eva de suas entranhas uma nova existência</div><div>E a ela eternamente devo a minha obediência.</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-67580170542207930612011-03-24T07:54:00.000-07:002011-03-24T08:03:50.128-07:00Às Flores - 03/07/2007Às Flores<div><br /></div><div>Quem olhar para o céu agora</div><div>Verá uma aura cor de rosa</div><div>Cor de qualquer coisa</div><div>Como o arco-íris.</div><div><br /></div><div>E qualquer seria se fosse qualquer coisa</div><div>O mel em meus lábios</div><div>É ferrão nos dos outros</div><div>Pois olhos de flechas</div><div>Não atingem a armadura dos nossos corações.</div><div><br /></div><div>E estes mesmos olhos que consigo colidem</div><div>E qualquer coisa não verão</div><div>Pois o amor que falsamente se propaga</div><div>E nestes vis olhos se estraga</div><div>Como doce fruto em meu peito se aloja.</div><div><br /></div><div>Trazendo-me das mais impuras noites</div><div>Desde as mais insanas orgias</div><div>Em alucinações céticas embrigadas.</div><div><br /></div><div>O mais doce canto de tua mãe</div><div>Sob a relva que repousa tuas angústias</div><div>O mais puro encanto de meu pai.</div><div>O mais doce néctar de teu ventre.</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-73961463061631744182010-08-10T20:56:00.000-07:002012-03-05T20:50:18.999-08:00Minha benção na Primeira Missa (10/08/2010)E quando tudo acabar<div>No fim da festa um sorriso fugaz</div><div>Pelo menos.</div><div>E encara com um desolhar estranho</div><div>Ao olhar pra traz</div><div><br /></div><div>E querer ter o álcool</div><div>E alimentar a alegria</div><div>E desejar estar no lugar</div><div>De todas as desgraças dos outros,</div><div>Acreditando que não terei apocalipse</div><div>Quando abrir a porta de casa.</div><div><br /></div><div>Para quando chegar</div><div>Cambalear pelas paredes sinuosas</div><div>E atirar-me incólume à cama</div><div>E abraçar os travesseiros</div><div>Conforme meus únicos consolos</div><div>E me esquecer de que não fui ninguém</div><div>Enquanto alguém tentava ter</div><div>O que só a mim pertence.</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-24696555395775055792010-08-09T09:23:00.000-07:002012-03-05T20:52:48.762-08:00Morfina (09/08/2010)Nesta vida<div>Cheia de agitações tardias,</div><div>Conformo-me com a frieza dos dias</div><div>Onde sinto na alma o sumo açoite</div><div>De entregue ao corpo estranho pela noite.</div><div><br /></div><div>E assim mesmo, sacudida, não me ama</div><div>E não me vê, não me olha, não me chama</div><div>Mas deste prêmio corpo eu divido a cama</div><div>E se a alma esfria, o lábio tenso inflama.</div><div><br /></div><div>E engano-me com o canto colibri de flautas</div><div>Quando há mesmo o som de um murmúrio em praça incauta</div><div>E envergonho-me enquanto o choro sobressalta</div><div>Por uma febre que temo e assusta, mas falta.</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-52367014915416954232010-03-22T15:59:00.002-07:002010-03-22T16:06:04.190-07:00Antes da Dor a Amizade - 03/07/2007<div>Existem poemas que saem automaticamente. Mas o automático de que falo é aquele do sentimento automático. Sentimento automático? Sim, automático. Eu amo automaticamente as pessoas. Há pessoas que a convivência em nossas vidas torna-se quase tão obrigatória quanto respirar, e a estas pessoas eu sinto vontade de dedicar a minha vida. Não uma dedicação escrava e obrigatória, mas uma dedicação que vem da vontade do coração. Quando o coração sente necessidades de estar junto, de estar perto. Não existe nada mais sublime nesta vida do que a companhia de um amigo, e ai, quando dá a vontade de estar junto, a vontade de cuidar, a vontade de dividir a vida... isso é amor. E eu amo a pessoa para quem dediquei este poema. Descobri esse amor a medida em que ia tecendo as linhas abaixo. Na vida e na morte, na tristeza e na alegria, no estupor doentio da paixão ou na doçura cálida da ternura, existirá o nosso amor.</div><div><br /></div><div>~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~</div><div>Antes da Dor a Amizade</div><div><br /></div><div><br /></div><div>Teus olhos me lembram o tempo da escola</div><div>E agora debaixo da goiabeira eu faço o madrigal</div><div>Cada teco de tinta é uma lágrima de lamento</div><div>Pelos dias que não vivi.</div><div>Desde o dia destes olhos que eu vi...</div><div><br /></div><div>E para longe foram eles minha raiva carregando</div><div>Que era máscara para a minha covardia.</div><div>Vivemos promessas de eternas alegrias,</div><div>Mas sempre em decepções voltávamos chorando.</div><div><br /></div><div>E não importa</div><div>Com quantas moças ou rapazes nos deitemos,</div><div>Por que ao fim do dia, quando tudo parecer perdido,</div><div>Com doces olhos, na real, nos encaremos,</div><div>E um ou outro suspirando irá dizer:</div><div>Você vai sempre estar comigo!</div><div><br /></div><div>~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~@~</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-47022298240609975722010-03-22T15:59:00.001-07:002010-03-22T15:59:31.660-07:00Às Flores - 13/03/2007<div>Quem olhar para o céu agora</div><div>Verá uma aura cor de rosa</div><div>Cor de qualquer coisa</div><div>Como o arco-íris.</div><div><br /></div><div>E qualquer seria se fosse qualquer coisa</div><div>O mel em meus lábios</div><div>É ferrão nos dos outros</div><div>Pois olhos de flechas</div><div>Não atingem a armadura dos nossos corações</div><div><br /></div><div>E estes mesmos olhos colidirão consigo mesmos</div><div>E não verão qualquer coisa</div><div>Pois o amor que falsamente se propaga</div><div>E nestes olhos vis se estraga</div><div>Como doce fruto em meu peito se aloja</div><div><br /></div><div>Trazendo-me das mais impuras noites</div><div>Desde as mais insanas orgias</div><div>Em alucinações céticas embriagadas</div><div><br /></div><div>O mais doce canto de tua mãe</div><div>Sob a relva que repousa tuas angústias</div><div>O mais puro encanto de meu pai.</div><div>O mais doce néctar de teu ventre.</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-91602414094671624292010-03-22T15:55:00.001-07:002010-03-22T15:58:43.569-07:00EspinhosO que vem da dura flor, em flor fiel perdura.<div>Semente flora. Pétala inóspita, candura.</div><div>Aviva-se o espinho, altiva-se a ternura.</div><div>O norte é confuso, a dúvida é a cura.</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-55043664032543780812010-03-18T02:15:00.000-07:002010-03-18T02:54:43.389-07:00Genesis<div style="text-align: center; font-family: trebuchet ms; color: rgb(204, 51, 204); font-weight: bold;">Gemina a semente pequenina<br />Cuida bem da terra vespertina<br />Rega água pura e cristalina<br />Nasce uma flor, uma menina<br /><br />Nasce uma dor, escondida<br />De fel e fundo misteriosa<br />Vem a alma fendida<br />Avança fria e sombrosa.<br /><br />Olhos cor de esmeralda<br />Pele de flanco macio<br />Toque flébil esbalda<br />Fora cheio, dentro vazio.<br /><br />Gemina o gémem<br />Semina o sémem<br />Domina o impem<br />Defina o hímen</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1355000151657398964.post-63786198395185411002010-01-02T12:21:00.000-08:002012-03-05T20:56:11.181-08:00Quando a mais bela canção toca (02/01/2010)Teu suave toque<div>Faz o meu amor descer</div><div>Eu sinto o choque</div><div>Eu deito, eu paro</div><div>Meus lábios te envolvem</div><div>Fazem teu amor crescer.</div><div><br /></div><div>Eu subo e busco o meu véu</div><div>Eu caio, desço, estou no céu</div><div>Eu desfaleço, deslizo, desleixe</div><div>Tuas mãos firmes escalando a montanha</div><div>Teu toque débil larga-me nas curvas</div><div>A respiração falha, a vista turva</div><div>Separa, eu paro, e faço manha.</div><div><br /></div><div>Eu vejo cores que não conheço</div><div>Eu desconheço o meu lugar</div><div>Tua unha, teu sangue, meu rosnar</div><div>Eu te tenho eu me esqueço</div><div>Eu te explodo eu me explodo</div><div>Cai</div><div>Deita</div><div>Desfaz</div><div>Desfalece</div><div>É sono, quero descansar.</div>Isabelle La Fleurhttp://www.blogger.com/profile/08919716293072764232noreply@blogger.com0